24 de fevereiro de 2017

Crise política impede bloco Senzala de participar do carnaval

A tradição é o enconto na sexta-feira de Carnaval. Foto: arquivo do blog.
A Banda Senzala tem sua origem na Residência Universitária da UFBA
Toda sexta-feira de carnaval era certo! Encontro da Banda Senzala em Salvador, organizado pelo líder Victor Paulo. Mas este ano será diferente: a Banda Senzala não vai se reunir nem confeccionar sua tradicional camiseta.

Não se sabe o verdadeiro motivo. O nosso blog entrou em contato com Victor Paulo das Neves, onde afirmar apenas que vai se “organizar para os 20 anos da banda”. Membros da banda cobraram mais atitude para que o tradicional encontro acontecesse este ano, mas Das Neves continuou frio.

Nos bastidores há informações que o grupo está desanimado com o cenário político do país. Filipe Leão até ensaiou uma vinda para Salvador, mas não confirmou sua presença na boa terra até o fechamento da matéria. A CGU foi extinta pelo governo Temer. Leão é analista da CGU e combate o sucateamento do órgão, participando da diretoria do sindicato nacional. Falando em leão, Hudson Sampaio diz que a distribuição de riqueza no Brasil é lenta e a tendência é concentrar mais depois do golpe.

Outros membros como Ricardo Silva não está contente com o andamento da política governamental. É servidor do Banco do Brasil e o governo já anunciou redução de funcionários. Antônio Claudio, que já teve participação na organização do evento, protestou contra a nomeação de Alexandre de Moraes raspando a cabeça. Para ele, o ato fortalece a parcialidade no Judiciário brasileiro. Até Edson Santana, que prestigiou todas as edições do encontro da Banda Senzala, se reduziu ao mundo virtual. Há tempos, era fã do filme Matrix; hoje, gosta de postar mensagens nas redes sociais discutindo a conjuntura atual.

Para Gilvan Santos, o momento político é de sonolência e o povo começa a sofrer de banzo quando se lembra dos investimentos sociais. É verdade que a crise afetou diversos blocos carnavalesco, mas, segundo Etenevaldo Mota, a Banda Senzala se organiza com “recursos próprios”. Fatores a parte, o certo é que a Banda Senzala não participará nesta sexta de seu tradicional encontro. Perde a tradição, perde o carnaval da Bahia. Porém, vamos torcer que o líder Victor Paulo retome sua gestão com o ânimo que sempre teve, até porque um evento passa, mas os homens permanecem. Enquanto existir amizade sincera dos componentes, a Banda Senzala continua viva e tocando para muitos países de uma só vez! 

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