Desculpe-me, Seu Coxinha, mas presidente do Brasil só pelo voto direto Foto: Georgeton Correia |
Já que o 'impeachment' é muito mais político do que jurídico,
cada um pode, sem grandes justificativas, apoiar ou ser contra ao processo de
queda da presidenta Dilma. Eu vou me posicionar livremente. Já cansei de
debater nas redes sociais, justificar, ponderar, evidenciar interesses de
grupos... Mas tudo isso em vão.
Quem deseja derrubar Dilma, quer porque quer! -
mesmo que seja para deixar um corrupto, golpista ou escritor de carta depressiva no lugar. Para o grande público, o posicionamento é uma questão de
simpatia, talvez. Afinal, o cidadão brasileiro tem apenas quatro grandes
emissoras de TV para se (des)informar. O discurso da corrupção é o pior dos
argumentos, já que a direita conservadora – que está articulando a queda da
presidenta - é especialista em se apropriar dos recursos do Estado.
Evidente que assistimos a um processo de horror
sobre a sangria nos cofres públicos. Temos a impressão que ninguém presta ou
esteja preocupado com o interesse público. Pelo conjunto das obras, aceitaria a
queda da Câmara, do Senado, da presidenta Dilma e que fosse escolhida uma Assembleia Constituinte para refundar o país. Nova reforma política,
tributária, midiática, educacional, auditoria da dívida pública, etc.
Mas uma Constituinte não sai neste momento. Não vamos nos
iludir. E não sou eu que vou engrossar as fileiras para que a direita
conservadora, aristocrática, de valores ‘agroescravocratas’ volte a dominar a caneta do orçamento. Sendo assim, Dilma fica! Não ao golpe. 2018 a gente
escolhe uma presidenta melhor. Os males da democracia a gente resolve com mais
democracia!
Mário Angelo S. Barreto
Professor de História, acadêmico em Direito - UFBA
e aventureiro na arte de se comunicar
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