28 de janeiro de 2017

Em Estado de Emergência, a seca continua castigando Serra Preta

Depois da limpeza do açude do Peixe, água brota da terra seca.
Foto: facebook oficial do prefeito Aldinho
O município de Serra Preta, 145 km de Salvador, sofre uma das maiores secas já registradas. O poder municipal decretou Estado de Emergência e deve canalizar as atenções e recursos para amenizar o sofrimento da população, principalmente a da Zona Rural.

Limpeza de aguadas e abastecimento de água em carros-pipas são ações imediatas, mas parece ser insuficientes para o convívio com a longa estiagem. Serra Preta precisa de construção de grandes açudes públicos. Na década de 90 foi construído o maior açude público do município no distrito de Bravo na gestão de Zelito Leite.  

Convidamos o ex-prefeito Zelito Leite e o bombeiro Alex Matos a visitar parte do interior do município. Não foi difícil perceber o drama da seca. Para quem não conhece o semiárido, a seca produz beleza impar, mas o fenômeno é implacável para quem depende da agricultura e da pecuária para sobreviver. Boa parte do município não é assistida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A Embasa e muitos moradores bebem água sem o devido tratamento.

Há o reconhecimento de parte da população que o projeto das cisternas do governo Federal foi decisivo no armazenamento de água, mas no povoado da Lagoa da Caiçara, moradores cobram água canalizada ao governo do Estado. Segundo “Seu” Zequito, faz um ano e meio que choveu bem na região. “Dr Rui Costa lembre de nosso interior aqui e nós precisamos de água, e precisamos de ajuda dele”, apelou “Seu” Zequito (assista ao vídeo).

Por ironia, a Embasa é um dos patrocinadores da boa Festa de Vaqueiro da Lagoa da Caiçara, mas o povoado não conta com o serviço principal da empresa controlada pelo Estado da Bahia. Promessas e projetos existem, mas até hoje a população espera por água em suas casas. Segundo o documento elaborado pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climático Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a seca na Região Nordeste, que já dura cinco anos, deve se agravar ainda mais no período de fevereiro a abril. Vamos torcer para que este estudo esteja equivocado!

Assista ao vídeo


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